sábado, 20 de agosto de 2011

NÃO VENDA PRODUTOS. VENDA SONHOS.


Outro dia, em um evento, um homem falava sobre sua profissão: “Eu vendo o melhor produto do mundo. O sonho de qualquer pessoa, pois quem já possui um, gostaria de ter outro: Eu vendo Imóveis”. Era notável como o tal homem falava de seu trabalho, pois ele respirava vendas. O que mais chamava a atenção, foi justamente sua colocação inicial, valorizando sua profissão e seu produto, tornando vendas e locações de imóveis, o que a princípio poderia ser algo banal e aborrecido, em um ícone do sonho de consumo da sociedade contemporânea.

Ele tem razão. Na verdade, as pessoas estudam e trabalham duro para vencer e progredir, desejando melhorar seu padrão de vida, ter conforto e principalmente adquirir bens que as satisfaçam. As pessoas lutam para realizar seus sonhos e o verbo comprar, invariavelmente, está relacionado com estas conquistas.

Para que uma compra seja um sonho, não é preciso que se trate de uma casa na praia ou de um apartamento maior. O simples ato de comprar uma margarina, pode estar, indiretamente, relacionado ao desejo de uma feliz manhã de sábado junto à família.

Ao comprar uma calça, uma mulher pode estar, indiretamente, conquistando aquela silhueta que ela não tem, mas que deseja ter. E quando compra um carro novo, uma pessoa pode estar adquirindo, também, uma idade ou um status que imagina para si.

O importante é que não estamos apenas vendendo ou comprando produtos ou serviços. É um pouco além disso. Vendemos sim, um conceito, uma miragem, um sonho que, com certeza, é muito mais forte do que o próprio produto. Quem trabalha no comércio deve acordar e trabalhar para que permita às pessoas concretizarem seus sonhos, seja lá qual forem eles. Na verdade, depois que as pessoas saem de casa, enfrentam um trânsito, normalmente complicado, encontram uma vaga no, sempre difícil, estacionamento de um shopping, caminham, olhando vitrines e finalmente, decidem entrar em uma loja, a intenção de compra já está lá, presente no íntimo delas, adormecida. Basta saber concretizar a venda. Realizar seus sonhos.

O engraçado é que a maioria das pessoas não se dá conta disto, nem os lojistas.
O ponto-de-venda, neste processo todo é fundamental e precisa estar envolto em uma nuvem de magia e sedução, para que o mais simples ou o mais sublime dos sonhos seja ali realizado. Isto pode e deve ser obtido através de um bom design aplicado na ambientação e na comunicação e de um atendimento profissional e surpreendente, não se esquecendo é claro, da qualidade dos produtos e serviços, ali oferecidos.

Por Luiz Renato Roble, diretor de criação criacao@datamaker.com.br
Raquel de Araújo, diretora de projetos raquel@datamaker.com.br
BLOG: http://www.datamaker.blogspot.com/