sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Por que C&A, Riachuelo e Pernambucanas dominam o mercado de cartões de lojas?

Redes são as líderes no Brasil, que é o segundo maior mercado de private label no mundo.



O Brasil tem em circulação três vezes mais cartões de lojas (o chamado private label) que toda a Europa Ocidental. Na verdade, só perdemos para os Estados Unidos, que possuiu quase o dobro do número de cartões do Brasil. São 206 milhões de cartões no Brasil e mais de 400 milhões nos Estados Unidos. As lojas que tem liderado no Brasil são C&A, Riachuelo e Casas Pernambucanas, segundo dados da Euromonitor de 2010. Classe c, roupas e antiguidade na oferta dos cartões ajudam a explicar o fenômeno.

No Brasil, o cartão de loja é até anterior aos cartões de bancos. “Nas décadas de 60 e 70 já havia. Era uma maneira de os varejistas darem crédito ao cliente”, disse Boanerges Ramos Freire, presidente da consultoria em varejo financeiro Boanerges & Cia. A atuação da Riachuelo e da Casas Pernambucanas no segmento remete a essa época. As redes possuíam, em 2010, respectivamente, 9,7 milhões de cartões e 8,8 milhões de cartões. A líder, C&A, soma 11,9 milhões de cartões.

Além do tempo no mercado, outro fator que explica o destaque da C&A, Riachuelo e Casas Pernambucanas é o foco na atividade de varejo financeiro. A C&A já teve o banco ibi, comprado pelo Bradesco em 2009. Riachuelo e Casas Pernambucanas contam com financeiras próprias. “O varejo tem sua peculiaridade de operação e exige, muitas vezes, ações mais ágeis e rápidas. Estando tudo dentro de casa, há mais agilidade e flexibilidade”, disse José Antônio Rodrigues, diretor de crédito e risco da Riachuelo.

As três são lojas de departamento, logo, não há, necessariamente, vendedores em cada unidade – mas há representantes dos cartões, que oferecem o produto para a clientela. “Entre 20 e 30 minutos eles conseguem analisar, aprovar e emitir um cartão para você já sair gastando na loja”, disse Boanerges.

O segmento de atuação das três empresas, basicamente vestuário, também ajuda, segundo Boanerges, pois é um produto que não é indispensável – e não é caro como eletrodomésticos, por exemplo. “Você já fala com a pessoa em um momento positivo”, disse Boanerges.

Clientes

Um fator que levou o Brasil a ter destacada participação no private label é o grande número de consumidores das classes C e D, segundo Álvaro Musa, sócio na consultoria Partner Conhecimento. “Esses consumidores são muito mais ligados aos varejistas do que aos bancos”, disse Musa. Para Boanerges, o cliente se sente mais à vontade com o varejista. “Muito varejista fala a língua do cliente. No banco o mundo é muito diferente, por segurança e mesmo por status”, disse.

Para as lojas, o cartão oferece a possibilidade de conhecer de perto os hábitos de consumo dos consumidores e, com isso, ajustar melhor promoções e divulgações de campanhas. “Se a pessoa paga com dinheiro, cheque ou cartões de outros, o cliente é desconhecido para mim”, disse Rodrigues.

Riachuelo

O Grupo Guararapes, dono da Riachuelo, criou sua financeira, a Midway, em 2008 – mas a loja já oferecia cartões desde 1986. A Midway deu ao grupo a possibilidade de oferecer as bandeiras Visa e MasterCard. Hoje, cerca de 25% do lucro do grupo vem das operações financeiras.

Há mais de dez anos, os cartões da rede eram usados nos pagamentos de cerca de 75% do faturamento da loja. Essa participação tem diminuído nos últimos cinco anos. Em 2011, a participação foi de 53%, aproximadamente. Para Rodrigues, o private label vem diminuindo no país, por causa do aumento da oferta de cartões e por mudanças nos hábitos de pagamento dos consumidores.

Ao contrário da percepção de Rodrigues, números do setor indicam que o private label vem crescendo no Brasil. O mercado de cartões de lojas, bandeirados e não-bandeirados, cresce uma média de 16% ao ano desde 2006, segundo dados da Boanerges & Cia.

Para termos um exemplo do tamanho do mercado de private label no Brasil, a brasileira IntelCav, oitava maior fabricante de cartões bancários do mundo, anunciou em 2011 o início das operações de um novo centro de personalização de cartões, com foco em cartões de loja e com capacidade para personalizar 400 mil cartões por mês.

Em 2011, a Midway emitiu mais de 1 milhão de cartões Visa e Master e a meta, em 2012, é repetir o feito. Na Riachuelo, a expansão do cartão é atrelada aos pontos de venda. No ano passado, a rede somava um total de 145 lojas - o plano é abrir mais 30 unidades em 2012. A presença é mais forte nas regiões norte e nordeste.

http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/varejo/noticias/porque-c-a-riachuelo-e-pernambucanas-dominam-o-mercado-brasileiro-de-cartoes-de-lojas?page=1&slug_name=porque-c-a-riachuelo-e-pernambucanas-dominam-o-mercado-brasileiro-de-cartoes-de-lojas

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

REPENSAR MARKETING E ESTRATÉGIA - A interiorização dos shopping centers


Bom, esse é mais um artigo bem interessanta da GS&MD, fazendo uma análise do recente fenômeno de expansão de shopping centers por todo o Brasil, num ritmo nunca antes visto por aqui.

Estamos, cada vez com maior intensidade, rumo a uma padronização de consumo e consolidação de setores (entre os quais o de shopping centers), assim como já acontece em forma intensa nos EUA, e no mercado Europeu de uma maneira geral.

Esse fenômeno de shoppings em particular, é muito interessante pelo fato de que a expansão de bens de consumo no geral é intrínseca a esse fenômeno. É uma simbiose, pois uma coisa alimenta e puxa a outra. E nos padrões atuais esses fenômenos estão diretamente conectados, pois cada vez mais desloca-se o centro comercial do centro das cidades para as áreas de compras específicas, que no caso do Brasil se resumem a Shoppings centers, e alguns poucos casos de outlets.

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Nos próximos dois anos, atingiremos um número recorde de shopping centers no Brasil. Seremos uma nação com 500 centros comerciais de grande porte! Estes imensos templos de consumo da classe média acabam de chegar nas cidades até 100mil habitantes, dando acesso à sociedade local de produtos e marcas até então acessíveis apenas aos moradores das grandes cidades. Ainda não chegamos ao padrão americano, onde lá é considerado como viável para a construção de um shopping cidades com populações de até 30.000 habitantes. Para entender melhor, hoje existem mais de 10.000 shoppings em território americano, que cumprem o papel de estender para toda a sociedade hábitos de consumo muito semelhantes. Graças aos shoppings, os americanos hoje vestem praticamente as mesmas roupas, comem os mesmos sanduíches, calçam os mesmos sapatos e assistem simultaneamente aos mesmos filmes nos cinemas! A configuração e o mix de lojas destes empreendimentos são muito semelhantes, dando muitas vezes a sensação de déjà vu para quem os frequenta. Algo semelhante está em formação no Brasil.

Voltando ao número mágico dos 500 shoppings no Brasil, isso traduz a boa fase e a maturidade do varejo nacional e sobretudo contribuem para dar a um cidadão de uma cidade do interior acesso a produtos, marcas e serviços inéditos inserindo-os como um cidadão do mundo. Vivemos hoje a ditadura das marcas, (no bom sentido claro!) pois as pessoas querem participar do processo de globalização, já que cada vez mais possuem acesso a informação. Dos cerca de 100 shoppings em construção no país, cerca de 35 estão localizadas em cidades que receberão seu primeiro shopping center. Cidades como Botucatu em São Paulo, Sinop no Mato Grosso, Lages em Santa Catarina, Linhares no Espírito Santo são alguns exemplos. Outro fenômeno nesta área é que em muitas cidades estão sendo anunciadas a construção de um segundo empreendimento, na maioria das vezes com um projeto muito superior e sofisticado ao dos já existentes, que muitas vezes são empreendimentos que nasceram a cerca de 15 a 20 anos atrás em um outro momento do mercado, e que já se encontram defasados e envelhecidos por falta de investimentos de modernização e por serem administrados de forma amadora, com um pensamento local, tornando-os pouco atrativos pelos consumidores.

Para o varejista que expande nestes novos centros de compras, esta é uma chance única de poder participar destas novas fronteiras com sociedades ávidas por novidades, com uma certa demanda reprimida e em fase de formação de clientela e dos hábitos de consumo viabilizando a sua expansão e podendo gerar um aumento de vendas. Cenário muito diferente do encontrado nas capitais e nas grandes cidades onde os custos de ocupação estão muito elevados e a concorrência muito acirrada. Claro que também não são só flores. Alguns empreendimentos lançados recentemente em cidades do interior tem sentido o enorme impacto que eles representam para a sociedade local quando abrem as sua portas. Num primeiro momento, existe fenômeno que é um misto de desconfiança, estranhamento dos consumidores e conflito com os varejistas tradicionais da cidade. O consumidor tem a sensação de que os produtos são mais caros e resistem em alterar seus hábitos. Mas com o tempo, os mitos caem e os resultados tendem a acontecer com o tempo. Demandam portanto uma certa paciência até que estes shoppings “peguem” e as vendas aconteçam. Mas este é o preço que se paga pelo pioneirismo e pela conquista de novos mercados da qual apenas um país como o nosso que está crescendo muito e que possui dimensões continentais ainda proporciona aos varejistas. Está aberta a porteira!

Marcos Hirai (marcos.hirai@bgeh.com.br), é sócio-diretor da BG&H Real Estate
http://www.gsmd.com.br/pt/artigos/repensar-marketing-e-estrategia/a-interiorizacao-dos-shopping-centers-20120123-204010?__akacao=720215&__akcnt=f8c98c50&__akvkey=e718&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Mercado+%26+Consumo+24%2F01%2F2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Consumo, crédito, Internacionalização e geografia do consumo brasileiro.


Crescimento de emprego, fartura de crédito, economia estável e sólida.... parece que nem essa crise européia tá freiando de vez o crescimento interno... apesar do desaquecimento em 2011 ... e 2012??

A que tudo parece, se a conjuntura continuar com a mesma perspectiva de 2011, o cenário desse ano é melhor para economia do país, apesar de um crescimento mais controlado, porém com a confiança do consumidor em parte restabelecida...

Seguem alguns artigos interessantes sobre os temas em questão....

Resta saber, no final das contas quem será a raposa e quem será o cão bobo da história?

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O longo caminho do desenvolvimento.

Muito tem se discutido entre os agentes econômicos nos últimos tempos a respeito da competitividade da economia brasileira frente aos novos tempos na economia mundial. Há uma preocupação muito evidente a respeito desindustrialização e perda de mercado para os países asiáticos, especialmente para China.

Primeiramente, é importante lembrar que desde o fim do comunismo no fim da década de 1980, o mundo observou a abertura de mercados até então dominados pela antiga União Soviética e China. Uma imensa massa de trabalhadores, consumidores e produtos entraram na esfera do capitalismo mundial após décadas de ostracismo.

Neste contexto, desde a década de 90, o custo de mão-de-obra em todo planeta foi extremamente pressionado pela entrada dos trabalhadores baratos dos países do antigo “segundo mundo”. Obviamente, a grande parte desse capital humano é de baixa qualificação, porém havia um grande contingente de profissionais qualificados ociosos (especialmente no leste europeu), resultado do espólio da cortina de ferro.

Para ser uma ideia do impacto, a oferta global de mão-de-obra dobrou desde o inicio da década de 1990. O primeiro movimento dessa concorrência feroz foi a terceirização dos serviços (outsourcing) e a transferência da produção para o exterior (offshoring).

Os efeitos foram fortemente sentidos nos países industrializados, primeiramente, na Alemanha unificada, e depois de alguns anos, em todo mundo. Portanto, enquanto for mais barato produzir no “Novo Mundo Liberalizado”, os seus salários e custos intrínsecos serão mais competitivos que outras partes do mundo.

Em 2010, pela primeira vez, a China formou mais PhDs em ciências e engenharia do que os Estados Unidos. Isso é um claro sinal que as atividades de Pesquisa & Desenvolvimento devem também seguir o caminho das atividades industriais.

Em meio a esse cenário, até o momento a Brasil tem se beneficiado desta liberalização e do crescimento da Índia e principalmente, a China. A demanda por matérias-primas e alimentos tem dinamizado a economia nacional, porém ao mesmo tempo, incita o renascimento da “doença holandesa”. Ao mesmo tempo, a concorrência da China tem atingido diversos setores de nossa economia, principalmente as de capital humano intensivo.

A necessidade de ganho de produtividade no Brasil é refletida no Ranking de Competitividade Mundial divulgado na semana passada pelo International Institute for Management Development (IMD). O Brasil está na 44ª posição em competitividade entre as 59 economias mais importantes do globo.

As deficiências apresentadas pela economia brasileira, apontadas pelo ranking, não são segredo para ninguém: infraestrutura básica insuficiente (55ª posição), educação de pouca qualidade (56ª) e baixa eficiência do governo (55ª). De todos os 59 países analisados pelo estudo, o Brasil é o que apresenta a maior diferença entre a competitividade do setor público e privado (29ª).

Desta forma, esse é o momento ideal para aplicarmos as medidas necessárias, principalmente na esfera pública, pois o cenário político, econômico, social e internacional é favorável. Pois como todos sabem, após a bonança sempre vem a tempestade.

http://www.gsmd.com.br/port/abre_artigos.aspx?id=857

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A nova geografia do consumo brasileiro.

Com novos dados divulgados pelo IBGE e referentes ao PIB dos municípios, é possível traçar uma visão interessante sobre os rumos da economia e dos recursos financeiros no Brasil e, consequentemente, do consumo.

A leitura das informações de forma regionalizada permite perceber que o Brasil, entre 2005 e 2009, teve o valor nominal de seu PIB aumentado em 50,9%. Por outro lado, o PIB nordestino cresceu 56,0%; contra 47,6% do Sudeste; 53,3% do Norte; 50,4% do Sul; e surpreendentes 63,4% do Centro-Oeste. Em relação a este último, é importante ressaltar que o desempenho mais impressionante ficou por conta do Mato Grosso do Sul, com 68,0%; e Goiás, com 69,4%, o que demonstra a pujança do setor agrícola nessa região do país.

Observando apenas o crescimento de 2009 em relação a 2008, os rumos do dinheiro no país ficam ainda mais evidenciados. Contra um crescimento nominal de 6,8% para o Brasil, o Nordeste cresceu 10,1% e o Centro-Oeste 11,2%, consolidando a percepção de que a nova geografia de consumo brasileira passa obrigatoriamente pelo reconhecimento dessas duas regiões, sem desconsiderar o significado das regiões Sul e Sudeste, pelo volume que representam no total de riquezas do país. O Sudeste responde por 55,3% do total do PIB nacional e o Sul, por 16,6%. Em 2005, essas regiões representavam, respectivamente, 56,5% e 16,6% do total.

Essa numerologia toda nos permite identificar que o rumo da riqueza no país ainda passa por Estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, mas também se espraia por Pernambuco, Bahia e Goiás.

Obviamente, os potenciais de consumo variam em função do tipo de produtos e serviços, porém, por outro lado, fica claro que todos os processos ligados à expansão das cadeias de consumo devem considerar esses aspectos para estabelecer suas diretrizes. Essa visão vale tanto para a implantação de indústrias que, devido aos custos logísticos, instalam-se perto do consumidor final, como vale para o varejo e para o atacado no planejamento da expansão de seus pontos de venda e de seus centros de distribuição.

Outra avaliação interessante que emerge dessas conclusões passa pela necessidade de conhecer, cada vez mais e mais profundamente, as características socioambientais e culturais das populações que habitam essas regiões. Hoje em dia o Nordeste é bastante investigado por meio de pesquisas de mercado, o que raramente acontecia há cerca de cinco ou seis anos. Da mesma forma, o Centro-Oeste começa a compor as amostras de pesquisas. Algumas indústrias, especialmente aquelas voltadas à produção alimentícia, já disponibilizam centros de desenvolvimento de produtos focados apenas em uma região, especialmente no Nordeste. Outros varejistas já desenvolvem campanhas de comunicação específicas, respeitando as peculiaridades culturais locais. Em São Paulo, não existe o menor sentido em divulgar promoções de roupas, por exemplo, com base nas festas de São João. O mesmo não se pode dizer em Recife, que, por sua vez, recebe atenção toda especial no mês de junho a cada ano.

O Brasil muda de forma consistente em diversos aspectos. São mudanças no comportamento de compra motivadas pelo aumento de renda e pela farta oferta de crédito, assim como na composição das famílias, no número de filhos, etc, etc.

Definitivamente o Brasil deixa para trás em sua história a visão de que apenas São Paulo e Rio de Janeiro (e talvez Porto Alegre e Belo Horizonte) sejam praças que mereçam receber lojas; ou então que o Nordeste é uma região fadada à fome e à pobreza da maioria. Fica para trás a distância da região Norte em relação ao eixo do litoral atlântico onde se concentra a maior parte da riqueza, pois, com o advento do e-commerce, parte dessas dificuldades desaparece. São Paulo, com 12%; e Rio, com 10,9%, ainda permanecem como os municípios que mais contribuem para a formação da riqueza brasileira, mas será que todos sabem que o interior paulista representa 21,5% do total do PIB brasileiro?

Os caminhos estão traçados e desconhecê-los, no ambiente competitivo no qual mergulha a economia brasileira, é lançar-se de forma aventureira e sem preparo para o crescimento. É preciso assumir os novos sotaques do consumo brasileiro. Está na hora de começar a imaginar o seu produto e a sua loja ao som de moda de viola ou em meio ao foguetório de São João.

http://www.gsmd.com.br/port/abre_artigos.aspx?id=848&__akacao=692491&__akcnt=f8c98c50&__akvkey=2d3c&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Mercado+%26+Consumo+22%2F12%2F2011

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O papel do crédito no crescimento do consumo.

Renda, emprego, confiança dos consumidores e crédito foram os quatro fatores fundamentais para o crescimento do consumo no Brasil nos últimos anos. A melhoria da renda das famílias – que continua a ocorrer, aliada ao significativo aumento do emprego –, contribuiu para aumentar o índice de confiança dos consumidores no curto e no longo prazo viabilizando o aumento da propensão a consumir. Mas a renda, o emprego e a confiança não permitiriam o forte crescimento do consumo se não fosse o crédito pessoal, nas suas diversas modalidades, para aquisição dos produtos e serviços, que impulsionaram as vendas no varejo.

Em 2001 o crédito para as pessoas físicas representava 6,3% do PIB e em 2011 havia evoluído para 16,7%. Mais impressionante é constatar que, no mesmo período, o volume de crédito concedido para consumo das famílias evoluiu de R$ 83 bilhões para R$ 650 bilhões, com um crescimento nominal de 683%. Essa evolução na oferta e tomada do crédito viabilizou o forte crescimento dos setores mais diretamente beneficiados como veículos, eletrodomésticos e eletrônicos, móveis e material de construção, mas também contribuiu para a evolução dos semiduráveis, como vestuário e calçados, além de ter liberado recursos para compras de todas as outras categorias, beneficiadas pelas modalidades de crédito pessoal, consignado e cartões de crédito, que são recursos tomados sem destinação específica.

É importante notar que no período, apesar do grande crescimento da oferta de crédito, não houve forte crescimento da inadimplência.

A história recente da inadimplência no crédito para pessoas físicas, pelos dados do Banco Central, pode ser dividida em algumas fases. A primeira delas marcada pela crise energética e cambial, no período de 2000 a 2002, que fez crescer fortemente a inadimplência para perto de 8,5%, para os devedores acima de 90 dias. Seguiu-se a um período de forte queda, que chegou na faixa de 6% entre 2004 e 2005, voltando a subir com a popularização do crédito do período 2005 a 2009. No final desse ano atingiu outro pico, como consequência dos problemas internos gerados pelas consequências da crise do subprime e das finanças globais, quando voltou a um patamar de 8,5%.

Desde então teve uma queda acentuada – que atingiu seu mínimo no último trimestre de 2010, na faixa de 4,6% a 4,7%. A partir daí, tem mostrado tendência de elevação, mas nos últimos meses de 2011 encontrava-se em torno de 5,7%, apenas um ponto percentual acima do seu mínimo do mesmo período de um ano atrás e muito abaixo de seus picos históricos de 2002 e 2009. Tudo isso apesar das taxas de juros nominais praticadas serem das mais altas no mundo, com amplo espaço para sua redução.

Concorre para essa melhoria uma significativa evolução de todos os mecanismos de análise e concessão de crédito bem como, os mecanismos de cobrança desenvolvidos por bancos, financeiras e varejistas, e também a evolução do consumidor em seu comportamento de compras e, sem dúvida, a melhoria do nível de emprego e renda.

Por estes fatores, é fácil prever que a oferta de crédito pessoal no Brasil continuará aumentando, apesar do seu elevado custo, e isso vai reforçar as perspectivas para evolução do consumo e das vendas no varejo, principalmente quando conjugada com a manutenção do nível de emprego e melhoria da renda.

http://www.gsmd.com.br/port/abre_artigos.aspx?id=858

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Resiliência combina sete competências humanas


Na física é a propriedade da matéria voltar ao estado original após algum tipo de deformação. Serve para quem consegue manter ou recuperar a essência emocional, após um trauma ou situação limite.

Com toques de reality-show, o mundo assistiu ao resgate dos 33 mineiros chilenos, presos após o desabamento de parte das galerias onde trabalhavam. Durante o confinamento, ficou clara a diferença de se ter em uma equipe pessoas que, além da técnica, também se destacam no campo das atitudes.

À somatória de competências de quem consegue manter ou recuperar sua essência emocional, após um trauma ou situação limite, dá-se o nome de resiliência.

Original da física, este termo define a propriedade da matéria voltar ao seu estado original após algum tipo de deformação. Ainda é cedo para avaliar os traumas decorrentes do confinamento dos mineiros, mas temos razões de sobra para afirmar que, pela dimensão do ocorrido, a resiliência foi um dos grandes fatores de sucesso dessa grande história.

O pesquisador George Souza Barbosa, na sua tese de doutorado em Psicologia Clínica, define resiliência como a combinação de sete competências humanas:

A administração das emoções, que é a habilidade de manter a serenidade diante de situações de estresse como uma espécie de termostato, que orienta o comportamento conforme as pistas dadas pelo estado emocional dos outros. Se está muito quente, ele ajuda a esfriar e vice-versa.

Controle de impulsos, que é a capacidade de regular a intensidade dos estímulos nervosos e musculares que, somatizados, tendem a se transformar em desconforto e dor.

Otimismo, que fortalece a crença de que as coisas podem, precisam e devem mudar para melhor, o que nos devolve, ao menos em parte, o poder de decisão tido como perdido.

Análise do ambiente, que ajuda na identificação precisa das causas do problema e da adversidade presente. Um fator racional, que nos motiva na busca de lugares mais seguros e de menos risco.

Empatia traduz a capacidade de compreensão das emoções e sentimentos dos outros. Além de um exercício de compaixão, ajuda na tomada de decisões e na escolha de melhores argumentos.

Auto eficácia refere-se à necessidade de sermos eficazes na solução dos próprios problemas, por meio dos recursos de que dispomos, em nós e no ambiente.

Alcançar pessoas refere-se à capacidade de formar fortes redes de apoio, vinculando-se a outros, sem medo do fracasso.

A emocionante história dos mineiros chilenos testemunhada pelo resto do mundo tende a deixar muitas lições no campo do autoconhecimento e da liderança. Quem viver, verá, nas telas do cinema. Ou lerá nos best-sellers que vêm por aí.

http://webinsider.uol.com.br/2010/10/16/resiliencia-e-combinacao-de-sete-competencias-humanas/

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2012 ... ano novo, rumo novo!!


Feliz ano novo!! Que 2012 não seja apenas um ano bom como 2011, mas melhor, muito melhor, pois se as coisas continuam na mesma, quer dizer que não estamos evoluindo, crescendo, andando pra frente! E como vivemos de mudar, crescer e aprender, não tem nada melhor que intensificar o aprendizado, e continuar dando um passo de cada vez rumo aos nossos grandes objetivos de vida!!

Cada ano que passa é uma grande oportunidade de apertarmos o passos para chegarmos cada vez mais perto daquilo que nos move!! Portanto, se você ainda não sabe o que te faz seguir em frente, meu conselho é que pare e reflita, antes de passar mais um ano parado... ou andando em círculos!!

Tenha objetivos claros para você mesmo, pessoais, profissionais, culturais ou o que quer que seja! Aprenda a tocr violão, faça um curso de línguas, dance, faça um pós, um mba, viaje para outro país.... viva e aprenda!!

Não tem nenhuma experiência que não nos faça crescer de alguma forma, nos tornando mais flexíveis, adaptáveis a diferentes ambientes e situações... nos torne grandes e mais fortes, porque experiência é poder de vida... e poder de vida nos torna capacitados para driblarmos qualquer barreira que possa se impor em nossos caminhos!!

Mude! A mudança nos tira da zona de conforto, faz com que enfrentemos o novo, apanhemos dele... mas por fim, nos traz conhecimento e mais uma vez ... EXPERIÊNCIA!

Amplie sua visão de mundo... saia da sua cidade, do seu estado, do seu país! Conheça, novos hábitos, culturas, formas de pensar, comidas, músicas e expressões artísticas diversas! Discuta política, ciências e aprenda história!! Pois não há nada melhor para nos tornar melhores enquando pessoas... conhecer e ver que existem sim, diferentes formas de pensar sobra diversos assuntos, diferentes formas de ir levando a vida... cada um à sua mais peculiar maneira. Essa idiossincrasia tão peculiar a cada região é o que nos traz o verdadeiro aprendizado cultura!!

Bom... minha mensagem é essa!! Enfrentem o medo, e saiam de onde estejam, façam diferente e apanhem... mas saibam que esse round é um grande aprndizado para futuras vitórias por nocaute! Pois quem tem mais medo de apanhar, são os que mais apanham durante toda vida! Então vista as luvas e caia matando!!

Que em 2012 o CÉU SEJA O LIMITE!!



"Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!"