
Idiossincrasia (do grego ἰδιοσυγκρασία, “temperamento peculiar”, composto de ἴδιος “peculiar” e σύγκρασις “mistura”) é uma característica comportamental ou estrutural peculiar a um indivíduo ou grupo.
O termo também pode ser aplicado para símbolos. Símbolos idiossincrásicos são símbolos que podem significar alguma coisa para uma pessoa em particular, como uma lâmina pode significar guerra para alguém, mas para outro ela poderia simbolizar o sacramento de um cavaleiro.
Pelo mesmo princípio, linguistas preconizam que palavras não são apenas arbitrárias, mas também importantes sinais idiossincrásicos.
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Nunca nos damos conta, mas quando paramos pra pensar, tentar ver as coisas como elas são (de uma maneira neutra, se é que isso é possível) que nos damos contas de tantos detalhes...e principalmente das diferenças que permeiam nossa vida cotidiana.
Diferenças essas decorrentes da nossa idiossincracia, do nosso modo único e peculiar de agir, de enxergar e interpretar gestos, símbolos, atitudes, palavras, expressões, na nossa maneira de opinar, de estourar, de pensar ou o que quer que seja, mesmo dentro de uma cultura maior, encontramos as benditas diferenças regionais, locais até o minímo possível.
E estava pensando nisso, nessas inumeráveis diferenças, quando comecei a recordar do intercâmbio que fiz na Espanha, em Santiago de Compostela mais especificamente, onde vivi em um "piso" (apartamento), com pessoas de "puta madre" (geniais em um sentido clean da expressão),como diriam os espanhóis, além de conviver com tantos outros estudantes de tudo quanto é canto, da Argentina à Polônia.
E é disso que sinto mais falta, de "sofrer" uma osmose multicultural, de poder sentar em uma mesa de bar e discutir de futebol, política, economia, música, cultura, da vida ou de qualquer outro assunto que seja, de me sentir profundamente irritado, ou sem ar de tanto rir. De ouvir coisas que me soavam inacreditavelmente sem sentido ou, na mesma medida e proporção, genial e inovador/diferente.
Apesar de já ter tido a oportunidade de ir aos EUA, onde fiz um outro tipo de intercâmbio (work and travel) e tive igualmente, embora em menor intensidade, a oportunidade de coversar, trocar experiências com pessoas de outras países, e até mesmo pelo fato de já ter recebido dois estudates de intercâmbio na casa de meus pais no Brasil, onde sempre conversei muito com essa pessoas e perguntei sobre suas opiniõs e tudo mais que eu pudesse pensar. E foi justamente em um ambiente universitário, de amigos de escola e vida, de pessoas passando juntas pela mesma situação, peixes fora de seus respectivos aquários, que vi e vivi o grau e a intensidade das diferenças. E aprendi a não julgá-las como mais certas ou mais erradas, mas simplesmente como visões de mundo diferentes. Simples assim. Foi aí que pude entender, de fato, a palavra 'idiossincracia'. Na sua aplicabilidade na nossa realidade, ou melhor, nas nossas realidades. É algo fascinante, se posso definir.
Agora, mais que nunca, eu creio na diferença, sou um fiel adepto dessa religião, fervoroso nessa crença, de que das diferenças nascem as melhores coisas que podemos ouvir, ver, sentir e fazer, as melhores oportunidades. Eu presenciei isso. Eu ACREDITO nisso, respeitar as diferenças e aprender com elas. Isso move o mundo, e devo isso aos meus "compañeros de piso", as tantas pessoas que conheci, as viagens que tive a bendita oportunidade de fazer, aos lugares que pude ver e conhecer, gente de todas as raças, crenças e nacionalidades, mais antes de qualquer coisa a tudo e a todos que participaram da minha vida, mesmo que rapidamente, desde o começo de tudo. Devo isso à vida, ao mundo. Obrigado.
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